O cenário para os negócios neste ano ainda carrega diversas incertezas políticas e econômicas. Em razão disso, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) elencou o que o Microempreendedor Individual (MEI) deve considerar na elaboração do planejamento em 2024.
Confira as dicas a seguir!
1 – Balanço do ano
O primeiro passo é fazer um balanço do ano anterior, destacando as receitas, os custos, os produtos mais vendidos e o lucro. Estas informações, importantes para um diagnóstico completo, vão auxiliar o MEI na hora de fazer a declaração anual, que precisa ser realizada até o fim do mês de maio, e na definição de estratégias para 2024. Quanto aos custos, observe o que pode ser reduzido no decorrer do ano.
2 – Contas a pagar e capital de giro
Nos casos em que a atividade como MEI é a única fonte de renda é comum misturar as contas pessoais e as da empresa e nesse início do ano, há despesas com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA), material escolar e contas de dezembro pagas no cartão de crédito.
Estes valores, somados às contas da empresa, podem ser elevados e ao constatar que não há o montante de recursos em caixa, o MEI pode realizar ações promocionais/saldão ou recorrer a opções de crédito mais baratas.
3 – Projeção de vendas
Faça uma projeção mensal das vendas para 2024 com base no histórico do ano passado. Para isso, leve em consideração informações sobre os melhores e piores meses, os resultados de datas comemorativas, entre outras.
Se, nas projeções de vendas, as receitas ultrapassarem o limite do MEI, é importante já se preparar para a transição para Microempresa (ME): faça uma reserva financeira para a carga tributária e a contratação de um contador.
4 – Investimentos
Parte do crescimento de uma empresa depende do montante de investimentos. No dia a dia da operação, o MEI precisa identificar as carências e falhas do negócio, buscando as possíveis soluções, como investimentos em maquinário, estoque para turbinar o portfólio de produtos, contratação funcionário, aquisição de um veículo etc. Este capital também deve constar no planejamento anual.
5 – Metas
A principal meta é vender. Aqui, é interessante criar objetivos para cada canal segmentado (presencial, online, delivery etc.), a fim de facilitar o acompanhamento dos resultados e traçar os ajustes. Em um ano de incertezas, defina metas de redução de custos. Vale destacar que as metas não precisam ser necessariamente financeiras, elas podem estar relacionadas ao número de seguidores em redes sociais ou aos canais de venda – por exemplo, planejar a operação em dois marketplaces ao longo de 2024.
6 – Avaliar a concorrência
Além de verificar preço, linha de produtos vendidos, atendimento, entre outras questões, acompanhar o que a concorrência está fazendo é crucial para desenvolver novas ideias e replicar as iniciativas que estão dando certo e que, inclusive, podem ser aprimoradas.
7 – Novidades do setor
Manter-se sempre atualizado sobre o setor de atuação é fundamental para a sobrevivência do negócio. Neste sentido, insira no calendário visitas a feiras, congressos e eventos do setor. Fique por dentro das novidades, faça networking e troque experiências com outros empreendedores e contate novos fornecedores que ofereçam condições mais vantajosas.
8 – Férias
Vários MEIs trabalham sozinhos por longas jornadas e se desdobram em diversas funções. Para muitos, a preocupação em relação ao pagamento das contas é constante. Contudo, muitas vezes, o(a) empreendedor(a) acaba esquecendo da importância dos momentos de lazer e descanso, tanto para a vida pessoal e o relacionamento com a família como para a produtividade do trabalho. Assim, o período de férias também deve constar no planejamento anual, por isso, faça uma reserva financeira para este objetivo. Se o MEI não tiver um funcionário para substituí-lo, a sugestão é se planejar para esse período de ausência em época de baixa nas vendas.
Fonte: FecomercioSP.
Foto: Portal Brasil.