Projeções de alta no faturamento animam empreendedores; conheça os negócios de bioglitter e de roupas exclusivas para a folia
Depois de um ano com desempenho abaixo do esperado no Varejo brasileiro, o carnaval pode ajudar nesse início de ano. Para quem empreende, a expectativa é de faturar mais. Em 2023, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a folia movimentou mais de R$ 8 bilhões no país. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) projeta faturamento até 15% superior ao do ano passado.
A geração de empregos também fica aquecida com as vagas temporárias. Cozinheiros, profissionais de limpeza, animadores, entre outros, são funções com maior demanda. Para os pequenos negócios, o período é sinônimo de oportunidades para Microempreendedores Individuais (MEI) e Micro e Pequenas Empresas (MPEs).
Faturar mais
Para os pequenos negócios, o Carnaval é um dos períodos mais prósperos do ano, representando oportunidade de equilibrar as contas. A Pura Color Beauty, empresa de “bioglitter”, tem uma meta importante para 2024: voltar ao nível de faturamento da empresa antes da pandemia. A sócia-diretora Luciana Duarte conta que apesar de a data chegar mais cedo este ano, a expectativa é de um faturamento de R$ 60 mil. “Nossa intenção é voltar ao patamar de vendas pré-pandemia, pois chegamos a ter uma queda de 50%”, relata. “Conseguimos nos manter fazendo eventos, tanto serviço de maquiagem quanto a venda de brindes”, completa a gestora.
A empresa surgiu a partir da descoberta de uma das sócias de que o glitter comum era feito de microplástico, uma ameaça ao meio ambiente. Foi então que elas chegaram à fórmula sustentável do bioglitter, em 2017, e ao desenvolvimento de outros produtos que possibilitaram um crescimento ano após ano. A empresa participou de diversos programas e eventos de aceleração, entre eles o Inovativa, integrado pelo Sebrae, que oferece gratuitamente capacitação, mentoria, conexão e visibilidade a empreendedores inovadores.
Marca trabalha só no Carnaval
A marca Parangolés, de roupas para pular o carnaval, tem data certa para começar e finalizar os trabalhos. A partir de outubro, o negócio das amigas Tayná Haudiquet e Giovana Dachi, do Distrito Federal, começa a ganhar volume e segue até os dias da folia. Com foco na sustentabilidade, uma das maneiras encontradas de causar impacto positivo foi por meio da reutilização de resíduos têxteis para a confecção das fantasias. Além disso, todas as sobras são guardadas para serem utilizadas na próxima coleção.
O diferencial da marca é que as roupas são feitas seguindo o princípio do upcycling – peças únicas, as quais dificilmente são produzidas duas do mesmo modelo. “Para 2024, o objetivo é vender todas as 130 peças do estoque e faturar por volta de R$ 37 mil”, explica Tayná.
A sócia conta que a escolha pelo trabalho apenas para o Carnaval se deu após orientações e consultorias com o Sebrae. “A gente precisaria de uma dedicação, de um tempo que a gente não tinha. Tentamos mudar o nicho da empresa e fazer roupas atemporais, mas percebemos que essa não era a melhor saída. O Sebrae nos deu essa visão de estratégica de negócio e voltamos o foco somente para o Carnaval”, conta a empreendedora.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias.
Imagens: Agência Sebrae de Notícias.