Esta terça-feira (2/1) amanheceu com máquinas e tratores movimentando o trecho 1 inacabado das obras de revitalização e restauro da Av. Nove de Julho, tradicional corredor comercial de Ribeirão Preto (SP) que está definhando aos poucos.
Segundo apuraram empresários que ainda estão com seus estabelecimentos abertos no local, a ‘força-tarefa’ seria no sentido de nivelar as ruas e desobstruir os cruzamentos da Av. Nove de Julho com a rua São José e com a rua Marcondes Salgado, para uma liberação parcial do tráfego de veículos.
Essa medida foi sugerida/solicitada pelo Comitê de Acompanhamento das Obras de Mobilidade, liderado por SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Sincomerciários RP (Sindicato dos Empregados do Comércio), no mesmo dia em que a Prefeitura anunciou o rompimento do contrato com a Construtora Metropolitana, do Rio de Janeiro, semanas atrás. Integram o Comitê, 23 instituições de classe/empresariais, movimentos setoriais e mais de 60 empresas daquela região, impactadas pelas obras.
No pedido oficial à Prefeitura, o Comitê sugere a conclusão do trecho 1 inacabado, ainda que de forma precária, para a imediata liberação total do trânsito na Av. Nove de Julho até que seja decidido como ficará a nova licitação, uma vez que dificilmente a obra total ficará pronta em 2024.
Também foi pedida, caso não houvesse a liberação total da avenida, uma liberação parcial com a implantação de bolsões de estacionamento rotativos nos trechos de acesso local, para facilitar a chegada dos clientes às lojas e demais empresas da região.
A Secretaria de Obras ainda não se pronunciou oficialmente sobre a recente movimentação no canteiro de obras. Até às 18h45 desta terça, o portal da Prefeitura não trazia nenhuma informação sobre o assunto.
Os empreendedores da região da Av. Nove de Julho estão agonizando há muito tempo por causa desse imbróglio envolvendo as obras de mobilidade por ali. O trecho 1 que, segundo o cronograma inicial, deveria estar chegando perto de 50% das obras executadas, possui apenas 7,7% concluídos.
Antes mesmo das intervenções diretas na avenida, que é tombada pelo patrimônio histórico, o movimento já tinha sido prejudicado com o atraso de um ano e meio na obra do túnel da Av. Independência, que sempre foi uma das principais vias de acesso à Nove de Julho.
Da Redação
Foto: Comitê de Acompanhamento das Obras de Mobilidade/Ribeirão Preto (SP).