Maioria das entidades do setor produtivo avaliou o aumento de 1%, da Selic, como medida necessária para o atual momento da economia brasileira
O Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic de 11,25% para 12,25%, ao ano. Trata-se da terceira alta seguida. A decisão foi consolidada pelo Comitê de Política Monetária, nesta quarta (11), considerando fatores como a alta do dólar e as incertezas na economia global e no pacote fiscal do governo. O aumento ficou dentro da previsão do mercado. O Banco Central também indicou que os juros podem subir mais 1% nas próximas reuniões, em janeiro e março, dependendo das condições da economia.
O aumento da taxa tem objetivo de controlar a inflação, deixando o crédito mais caro para reduzir o consumo. A inflação oficial acumulada em 12 meses está em 4,87%, acima do teto da meta que é 4,5%.
E o aumento da taxa Selic gerou repercussão no setor produtivo.
Em seu portal, a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), afirma que “Se, por um lado, a nova elevação era, de fato, necessária — dada a conjuntura econômica do País —, por outro, conviver com juros dessa magnitude é preocupante para o futuro”.
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) afirmou que a elevação da Selic era esperada e ajudará a conter a inflação, porém, prejudica a produção e o consumo.
Para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), inflação, incerteza no campo fiscal e no setor externo justificam uma política monetária mais contracionista.
Da Redação, com informações da Agência Brasil EBC.
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil EBC.